A Psicologia Hospitalar e o Hospital1
Psicologia Hospitalar
Mais
que uma atuação determinada por uma localização, a "Psicologia hospitalar
é o campo de entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do
adoecimento" – aquele que se "dá quando o sujeito humano, carregado
de subjetividade , esbarra em um "real", de natureza patológica,
denominado "doença"..."(Simonetti, 2004, p. 15).
É
importante apontar o objeto da psicologia hospitalar e estabelecer que está
relacionado aos aspectos psicológicos, e não às causas psicológicas.
Assim,
fica estabelecido que "a psicologia hospitalar não trata apenas das
doenças com causas psíquicas, classicamente denominadas
"psicossomáticas", mas sim dos aspectos psicológicos de toda e
qualquer doença", uma vez que é factível que "toda doença encontra-se
repleta de subjetividade, e por isso pode se beneficiar do trabalho da
psicologia hospitalar" (Simonetti, 2004, p. 15).
Embora
o foco da psicologia hospitalar seja o aspecto psicológico em torno do
adoecimento, é sensato aceitar que aspectos psicológicos não existem soltos.
Entre tantas importantes características da psicologia hospitalar, uma delas,
de extrema relevância é a de que "ela não estabelece uma meta ideal para o
paciente alcançar, mas simplesmente aciona um processo de elaboração simbólica
do adoecimento." (Simonetti, 2004, p. 19).
Vale
citar a afirmativa: "curar sempre que possível, aliviar quase sempre,
consolar sempre" (Simonetti, 2004, p. 21)4. A transmutação
de "consolar" em "escutar" se aproxima consideravelmente da
"filosofia da psicologia hospitalar, que então pode ser definida como
psicologia da escuta, em oposição à filosofia da cura..." (Simonetti,
2004, p. 21).
Mesmo
naqueles casos em que o paciente encontra-se impossibilitado de falar por
razões orgânicas ou não, (...) ou pura resistência, ainda assim essa orientação
do trabalho pela palavra é válida, já que existem muitos signos não- verbais
com valor de palavra, como gestos, olhares, a escrita e mesmo o silêncio
(Simonetti, 2004, p. 23).
Enfim,
"a psicologia hospitalar vem se desenvolvendo no âmbito de um novo
paradigna epistemológico que busca uma visão mais ampla do ser humano e
privilegia a articulação entre diferentes formas de conhecimento"
(Simonetti, 2004, p. 25-26). E, a consequência clínica mais importante dessa
visão é a de que "em vez de doenças existem doentes" (Simonetti,
2004, p. 26 citando Perestrello, 1989).
Psicologia e Medicina: o possível diálogo
Psicologia, Psicologia Hospitalar e Medicina
Sendo
a subjetividade o objetivo da Psicologia Hospitalar, a doença é um real do
corpo no qual o homem esbarra. E, quando isso acontece toda a sua subjetividade
é sacudida. De tal modo, a Psicologia Hospitalar está interessada em dar voz à
subjetividade do paciente, restituindo-lhe seu lugar, de que a medicina, por
vezes, lhe afasta. Uma característica importante da Psicologia Hospitalar é a
de que ela não estabelece uma meta ideal a ser alcançada pelo paciente, mas
simplesmente aciona um processo de elaboração simbólica do adoecimento. Para o
autor, ela se propõe a ajudar o paciente a fazer a travessia da experiência do
adoecimento, embora não diga onde vai dar essa travessia. O destino do sintoma
e, por conseguinte, do adoecimento depende de muitas variáveis: do real
biológico, do inconsciente e das circunstâncias. Logo, o Psicólogo Hospitalar
participa dessa travessia como ouvinte privilegiado e não como guia. (Citando
Moretto, Simonetti, 2004).
É
certo que, na cena hospitalar, Medicina e Psicologia se aproximam
significativamente, articulam-se, coexistem e tratam do mesmo paciente, no
entanto, nunca se confundem, já que possuem objetos, métodos e propósitos
marcadamente distintos. A filosofia da Medicina é curar doenças e salvar vidas.
Já a filosofia da Psicologia Hospitalar é reposicionar o sujeito em relação à
sua doença.
Citando
Moreto, Simonetti (2004), refere, de modo bastante pertinente, que a Psicologia
não está no Hospital para melhorar ou facilitar o trabalho da Medicina, embora
isto possa ocorrer. A Psicologia Hospitalar jamais poderia funcionar a partir
de uma filosofia de cura, especialmente porque se propõe a lidar também com
situações em que a cura já não é mais provável, como no caso de doenças
crônicas, assim como de doenças sem possibilidades terapêuticas. Vale ressaltar
que no sentido médico de erradicação de doenças e eliminação de sintomas, a
psicologia é pouco eficiente.
Assim,
verdadeiramente, o Psicólogo pode fazer muito pouco em relação à doença em si,
dado que este é o compo de trabalho do médico, mas pode fazer muito no âmbito
da relação do paciente com seu sintoma: essa sim sendo uma das funções do
Psicólogo inserido em um hospital geral.
Para
Simonetti (2004), se a filosofia da Psicologia Hospitalar não se dá pela cura,
também não se dá contra a cura. Trata-se de uma filosofia para além da cura,
uma vez que suprimidos os sintomas e eliminadas as causas das doenças, ainda
permanecem a angústia, os traumas, as desilusões, os medos, as consequências
reais e imaginárias, ou seja, as marcas da doença. Logo, mesmo no trabalho bem
sucedido de cura, muitas experiências ficam, resistem, tanto no curador como no
doente. A Psicologia Hospitalar se propõe a tratar também dessas situações,
dessas marcas, destas cicatrizes.
Embora
tanto a Medicina quanto a Psicologia aceitem que a doença é um fenômeno
bastante complexo, comportando várias dimensões, situá-las em termos de causas
psíquicas versus causas orgânicas, ainda é uma característica do pensamento de
parte dos médicos, uma armadilha para o Psicólogo, que de modo algum deve
incorrer no erro epistemológico, uma vez que incontestavelmente o psíquico é
orgânico e vice-versa.
De
acordo com Simonetti (2004), a Psicologia Hospitalar embora enfatize a parte
psíquica, não diz, e nem tão pouco sugere , que outra parte não exista ou seja
importante. Ao contrário, perguntará sempre qual a reação psíquica diante da
realidade orgânica, qual a posição do sujeito diante desse real da doença, e
disso fará seu material de trabalho.Além disso, a Psicologia Hospitalar define
como objeto de trabalho não somente a dor do paciente, mas também a angústia da
família, a angústia, na maioria das vezes disfarçada da equipe, e a angústia
muitas vezes negada dos médicos. De tal maneira, além de considerar essas
pessoas individualmente a Psicologia Hospitalar também se ocupa das relações
entre esses atores, o que a constitui como uma verdadeira psicologia de
ligação, com a função de facilitar os relacionamentos entre pacientes,
familiares e médicos. Não esquecendo-se, claro, da própria angústia e dor do
Psicólogo neste teatro vivo do adoecimento e morte.
No
terreno da subjetividade, é possível verificar que a relação entre a Psicologia
e a Medicina é, por vezes, de uma contradição radical. Uma vez que a primeira
faz da subjetividade seu foco principal, a segunda, muitas vezes, sem
cerimônias, exclui a subjetividade de seu campo epistêmico de maneira, por
vezes, uma suposta, porém equivocada, abordagem objetiva do adoecimento sem o
viés de sentimentos ou desejos. De tal modo acaba, muitas vezes por
negligenciar a subjetividade tanto do paciente como do próprio médico e equipe.
Simonetti
(2004), refere que tal abordagem, tão "objetiva", sofre o mal de que
o excluído na teoria, retorna, com toda a força, na prática da clínica médica.
Citando Moreto o autor afirma que é possível assim, assistir, na relação
concreta médico-paciente, uma verdadeira enxurrada de emoções, sentimentos,
fantasias e desejos, - de ambos – que, por não terem amparo teórico, são
negados e escamoteados, embora nem por isso deixem de existir e influir. Vale
considerar que a postura médica, diferenciada da postura do Psicólogo Hospitalar,
frente ao adoecimento subjetivo do paciente não deve ser tratada como uma
escolha meramente comportamental, mas sim como uma construção histórica que,
embora sensivelmente, e, com grande esforço, vem se modificando ao longo dos
anos5.
Psicologia e Medicina: um paradoxo ou simplesmente
dois paradigmas?
Inicialmente,
a prática psicológica frente à prática médica pode constituir-se em um embate.
Afinal, quando o discurso médico fracassa em sua pretensão epistemológica de
banir a subjetividade, abrem-se então as portas do hospital para a psicologia
entrar, adentrar e cuidar desta importante característica humana que
revoluciona a "meta" médica, subvertem-na além de lançarem complexa
perplexidade na cena hospitalar.
Para
Simonetti (2004), a medicina quer esvaziar o paciente de subjetividade, e a
psicologia se especializou em mergulhar nessa mesma subjetividade, crendo que
"mais fácil do que secar o mar, é aprender a navegar..." (p. 22). Que
é exatamente isto, ou seja, restabelecer as condições para a prática da
medicina científica, o que a medicina espera da psicologia hospitalar, não
resta dúvida. A questão é saber se essa é mesmo a melhor função da psicologia
nessa empreitada hospitalar. Será o papel da Psicologia Hospitalar o de atuar
como depositária de toda a subjetividade em torno do adoecimento, permitindo,
com esse gesto, que a medicina continue a ignorar a subjetividade e a trabalhar
com um corpo como se nele não estivesse embutido um sujeito? Ou caberia à
Psicologia Hospitalar redirecionar, de forma cuidadosa e não acusativa e
crítica, essa subjetividade de volta para medicina, auxiliando-a tanto a
incluí-la quanto a compreender e com ela lidar, em sua filosofia?
Por
outro lado, vale ressaltar que a especificidade de cada profissão é
inquestionavelmente relevante, uma vez que dá condições ao profissional de se
apropriar de modo mais profundo daquilo que lhe compete enquanto especialista,
o que não justifica a desqualificação de um outro profissional. Ao contrário, a
necessidade e portanto, aceitação do outro, pode lançar luz à possibilidade de
uma ressignificação interessante, produtiva para ambos, em termos de qualidade
e efetividade no atendimento daquele que adoece, e que portanto, sofre.
Outra
questão importante na compreensão do "paradoxo" Medicina e Psicologia
é a questão do destino "desejado" ao sintoma, ou seja, o que cada
profissional faz, tenta, ou deseja fazer com o sintoma do paciente. Fácil supor
que na medicina não há dúvidas: ela quer eliminá-lo, destruí-lo. Ora, e tem
mesmo que proceder assim, não há como defender o contrário. Afinal, esta é a
natureza da medicina: o tratamento e a cura. E, embora não se colocando no
caminho com vistas a atrapalhar tal premissa a Psicologia Hospitalar atua de
maneira notadamente diferenciada, uma vez que não tem como função a eliminação
imediada de todo e qualquer sintoma, já que se interessa por escutar e
compreender o que ele tem a dizer. Partindo de uma natureza inquestionavelmente
diferenciada, para a Psicologia, todo sintoma, além de doer e fazer sofrer,
traz em si uma dimensão de mensagem e comporta informações sobre a
subjetividade de quem o possui. Existe no atuar da Psicologia Hospitalar a
inalienável noção de que o sujeito fala por meio de seus sintomas, ou é falado
por eles. Logo, a Psicologia se propõe a escutar, compreender e fazer com que
todos o entendam: paciente, família e equipe de saúde. Eis a estratégia da
Psicologia Hospitalar: tratar do adoecimento no registro do simbólico, uma vez
que no registro do real a medicina já o faz brilhantemente e, notadamente, vem
se esforçando para fazer, e fazendo, cada vez melhor.
Vale
ressaltar que, mesmo nos casos em que o paciente se encontra impossibilitado de
falar, por razões orgânicas, instrumentais ou emocionais, ainda assim, a
orientação do trabalho pela palavra é bastante válida, já que não se pode e nem
tão pouco se deve ignorar os signos não verbais com valor de palavra, tais como
gestos, olhares, a escrita, até mesmo o valioso e expressivo silêncio.
De
acordo com Simonetti (2004), o que interessa à Psicologia Hospitalar não é a
doença em si, mas a relação que o doente tem com o seu sintoma, ou seja, o
destino do sintoma, o que o paciente faz com sua doença e o significado que lhe
confere.
A
Psicologia Hospitalar vem se desenvolvendo no âmbito de um novo paradigma
epistemológico que busca uma visão mais ampla do ser humano, e privilegia a
clínica, uma visão mais holística em termos de perceber não tão somente doenças,
mas sobretudo, a vivência existencial de pessoas que apresentam doenças.
Nessa
direção a Psicologia é perfeitamente capaz de perceber que todo conhecimento é
parcial e que jamais será possível alcançar a verdade total de objeto ou de
objetivo algum. De tal modo, deve se propor a dialogar sempre com aquela que se
ainda não, deverá, em uma questão de tempo, e para o bem dos doentes, aceitar e
melhor compreender algumas das nuances da Psicologia Hospitalar, de modo a
caminharem sempre como complementares e nunca como "combatentes". Um
conhecimento nunca deve ter o propósito de anular ou mesmo desqualificar o
outro, mas sobretudo, se legítimo, ético, moral, aliar-se a ele com vistas a um
enriquecimento contínuo para ambos. Assim, se não é possível conhecer o todo da
doença, ou do doente, já será de grande utilidade conhecer muitas de suas
dimensões, aliando-se conhecimentos de diferentes áreas.
De
tal modo, se capazes de por em prática tal premissa, ambos os profissionais,
tanto da Psicologia Hospitalar quanto da Medicina terão chances mais profícuas
de estabelecerem um diálogo verdadeiro e fomentarem em sua prática diária um
trabalho mais eficaz e, por conseguinte mais efetivo para aquele que sofre.
Em
termos de expectativas em relação ao exercício da Medicina, o que mais se
deseja é a já tão falada humanização, no tocante a relação médico-paciente, à
bioética, ao barateamento dos custos e sobretudo, ao acesso à saúde para todos,
conforme seu direito já assegurado pela Constituição Brasileira. No entanto,
isso somente será possível de fato, se houver a reflexão sobre o cientificismo
radical, e da criação de conexões produtivas entre a ciência e outros campos do
saber, como a espiritualidade, a política e a cultura em geral.
Outro
aspecto relevante no contexto do trabalho em hospital é o diagnóstico, tanto em
Medicina quanto em Psicologia. Para Simonetti (2004, p. 33), "diagnosticar
é o instante de ver, seguido pelo tempo de entender que leva ao momento de
intervir, não necessariamente nessa ordem, mas necessariamente
interligados." Logo, a principal razão pela qual os diagnósticos são feitos
é para facilitarem o tratamento, uma vez que diante de um diagnóstico bem feito
a melhor estratégia terapêutica se evidencie, naturalmente, na mente do
psicólogo bem treinado. Além obviamente de outras imprescindível razões como a
pesquisa científica e, a comunicação e relacionamento entre os profissionais.
Segundo
Simonetti (2004), "em medicina, diagnóstico é o conhecimento da doença por
meio de seus sintomas, enquanto na psicologia hospitalar o diagnóstico é o
conhecimento da situação existencial e subjetiva da pessoa adoentada em sua
relação com a doença" (p. 33). Assim, na Psicologia Hospitalar não são
diagnosticadas doenças, mas o a relação das pessoas com a doença apresentada.
Desta maneira, o diagnóstico, ao contrário do que ocorre na Medicina, não
necessariamente é expresso em termos de nomenclatura de doenças, mas por uma
descrição abrangente dos processos que influenciam e que são influenciados pela
doença vivida pelo paciente.
Tanto
a Psicologia Hospitalar quanto a Medicina compreendem o diagnóstico como uma
hipótese de trabalho e não como uma verdade absoluta. De tal modo, a Psicologia
Hospitalar em seu cerne, trabalha com o sentido das coisas e não com a
"verdade" delas (se tal existe!). E, assim também o faz a medicina,
ainda que trabalhando com sua filosofia pragmática. Uma vez que são inúmeras as
doenças de que não se consegue descobrir a etiologia, mas que por outro lado se
consegue curá-las, e ainda lembrando-se de quantas doenças que ainda não são de
conhecimento da Medicina, mas que existem e das quais padecem muitos seres
humanos. A Medicina não se esgotou em termos de investigação e prática. Nem a
Psicologia Hospitalar, embora estejam muito avançadas!
Enfim,
a Medicina diagnostica e trata a doença da pessoa, enquanto a Psicologia Hospitalar
diagnostica e trabalha com a pessoa, e sua relação com a doença apresentada.
Desta forma pode-se entender que, de maneira alguma deverá se impor um hiato
intransponível entre as duas ciências. Ao contrário, uma, incontestavelmente,
complementará a outra como cada uma das asas de um pássaro: fundamentais, em
seus esforços, para um bem sucedido vôo. Fazem parte de um só corpo, se interdependem,
e não podem encontrar separação no objetivo a alcançar: o auxílio ao que sofre.
Referências
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1 .Monografia
Apresentada ao Serviço de Psicologia Hospitalar da 28ª Enfermaria da Santa Casa
da Misericórdia do Rio de Janeiro, como Requisito Parcial à Obtenção do Título
de Pós Graduação em Psicologia Hospitalar e da Saúde.
2 .Psicóloga
e Pedagoga formada pela Universidade Católica de Brasília – UCB; Especialização
em Teoria Psicanalítica pela Universidade de Brasília – UnB; Especialização em
Psicologia Hospitalar e da Saúde pela Santa Casa da Misericórdia do RJ.
3 .Doutora
em Psicologia pela UFRJ; Coordenadora dos 22 Cursos de Pós-Graduação da Santa
Casa da Misericórdia do RJ-CESANTA; Coordenadora do Curso de Pós Graduação em
Psicologia Hospitalar e da saúde do CESANTA; Orientadora desta Monografia.
5 .Na
Grécia antiga havia dois tipos de médicos, os que cuidavam dos cidadãos gregos
e os que cuidavam dos escravos. Como os escravos eram oriundos de outras nações
e não falava o idioma grego, os médicos que deles cuidavam foram perdendo o
hábito de conversar com os pacientes. Não adiantaria mesmo, e não sendo
possível a comunicação, apenas os examinavam e medicavam. Já os médicos que
cuidavam de seus compatriotas gregos, costumavam conversar muito com eles, e,
como para conversar com pessoas doentes é preciso se inclinar um pouco sobre o
leito, eles começaram a ser conhecidos como os médicos que se inclinavam, do
grego inclinare, e disso nasceu o termo atual "clínica". O Psicólogo
hospitalar é um clínico. Fonte: Simonetti (2004, p. 28).
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